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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
segunda-feira, 18 de julho de 2011
QUAL O MELHOR?
As preocupações que nos acossam o coração, são muitas.
E muitas vezes, não sabemos exatamente qual o melhor momento para abordarmos uma pessoa, se devemos abordar, se podemos abordar, se temos o direito de alguma forma de interferir.
Enfim, esses questionamentos atingem todos, pobres, ricos, súditos, reis e imperadores.
Na Antiguidade, o caso verdadeiro de um imperador que muito se questionava sobre isso, porque todos nós podemos imaginar que cuidar de um reino, de um império é uma tarefa bastante complexa e esse nosso amigo imperador, ele tinha em sua mente essas duvidas muito difíceis.
Era um grande pensador na verdade.
Elaborou três perguntas que espontaneamente não conseguiria responder.
Resolveu então, compartilhar com seu império, pedindo resposta para as três perguntas e, inclusive sugerindo uma gratificação bastante generosa para quem respondesse as perguntas a contento.
As três perguntas eram simples.
Qual o melhor momento?
Qual a melhor pessoa?
Qual o melhor objetivo?
Muitas pessoas enviaram respostas.
Naqueles tempos antigos, ele leu todas as respostas manuscritas, mas nenhuma o satisfez.
Havia de tudo nas respostas.
Então ele resolveu ir mais longe.
E ele sabia de um eremita, idoso, experiente, que viva nos limites do seu império e que era tido como um homem sábio, experiente e respeitado.
Aí resolveu ir até lá e levou as três questões ao eremita.
Depois de uma jornada, chegou então, onde morava o eremita, no alto de uma colina, o eremita estava capinando o terreno onde morava, cuidando para plantar a sua horta e evidentemente, recebeu o imperador com todo respeito pois era um homem vivido e todo homem vivido e maduro sabe se colocar diante de uma autoridade.
Ouviu as perguntas que o imperador lhe fez, virou-se e voltou a capinar.
O imperador por algum tempo observou a atitude do velho mas percebeu que o velho já estava cansado.
Chegou perto dele e lhe disse: dá-me aqui a tua enxada, capinarei.
Descanse, repouse à sombra da arvore.
E começou a capinar, o imperador.
Arregaçou as mangas e começou a capinar.
Já no final do dia, com o sol se pondo, pousou a enxada e dirigiu-se ao velho eremita.
-Eu já estou indo, você não me deu as respostas.
Eu irei procurá-las em outro lugar.
Quando de repente, o eremita percebeu um movimento.
-Imperador, o senhor vê alguém correndo?
Imediatamente prestaram atenção entre as arvores, havia um homem cambaleante.
Os dois foram até lá para socorrer e perceberam que o homem estava gravemente ferido.
Recolheram o homem e o próprio imperador tirou a sua camisa para ajudar a estancar o sangramento do seu ferimento.
Levaram-no para dentro, limparam a ferida, higienizaram o homem.
E o homem: - "estou com sede".
O imperador imediatamente se levantou e foi ao lago, pegou água e voltou para oferecer ao homem.
O homem sorveu a água e, cansado, exausto, adormeceu ali mesmo.
O imperador colocou-se ao seu lado, observando e cansado também por ter capinado, adormeceu.
No dia seguinte, acordou com aquele homem que ele havia socorrido, de pé diante dele. Ele olhou para o homem.
- Imperador, o senhor deve me perdoar.
- Perdoar de que, homem? O que foi que você me fez para eu lhe perdoar? Você estava ferido, eu lhe socorri.
- Pois então imperador, até então eu o via como um grande inimigo, dos piores, porque durante a guerra... Eu resido aqui perto, um pouco além do seu império, o seu exército dizimou a minha família, tomou as minhas terras, matou o meu irmão e eu jurei vingança. Ontem, quando eu vi que o senhor vinha para cá, eu me preparei para assassiná-lo, porque eu havia jurado vingança. E me coloquei num determinado lugar esperando que Vossa Majestade se retirasse daqui. E como o senhor não saía, acabei entrando em desespero e saí em busca do senhor. Os seus soldados me viram, me reconheceram, me agrediram e o resto de historia o senhor já conhece. Então o senhor precisa me perdoar!
O imperador chocado, olhou para o homem e disse:
- Sim, você está perdoado! Mas além disso, vou lhe devolver as terras, já que não posso lhe devolver o seu irmão e, vou lhe dar uma condição de vida um pouco melhor.
Tudo resolvido, o imperador levou o homem para os soldados, instruiu todos como agir, e ele retornou para se despedir do eremita.
- Meu amigo eremita, eu vou me retirar porque até agora o senhor não me deu as respostas as minhas perguntas.
- Mas Vossa Majestade já teve as respostas.
- Já tive?
- Já. Ontem quando o senhor, tomou a enxada e trabalhou capinando para mim, o senhor evitou ser assassinado. Aquele foi o melhor momento! Logo em seguida, o homem entrou ferido. Ele foi a pessoa mais importante e o maior objetivo era ajudá-lo, cuidando das feridas, alimentando, higienizando... Então Vossa Majestade deve reconhecer que o melhor momento, é agora! A pessoa mais importante é aquela que está diante de nós e o melhor objetivo é fazer o bem a ela.
- Você está certo meu velho. É isso! Você me deu as respostas.
- Não, Vossa Majestade já as teve mas não fui eu que as dei...
Vamos em paz então meus irmãos.
O melhor momento é agora.
A pessoa mais importante é aquela que está ao nosso lado.
E o melhor objetivo é ajudá-la.
Que Deus nos abençoe.
Psicofonia recebida no Nept em 29/06/2011
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