Núcleo Espírita Paulo de Tarso Rua Nova Fátima, 151 - Jardim Juá Campo Grande - São Paulo - SP CEP 04688-040 Telefone 11-56940205
Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sábado, 10 de novembro de 2012
A Viagem Espírita em 1862
O detalhado relato no qual Kardec registrou os fatos de sua viagem pelo interior da França tem sido de muito interesse para muitas pessoas que estudam a Doutrina Espírita e, principalmente, inspirando para atividades que tenham como intenção unificar as atividades das instituições espíritas no momento atual.
Mas, para compreender melhor essa Viagem, é preciso saber que ela foi um atendimento a um convite do próprio Movimento Espírita da época.
Diz Kardec: "...Não irei a Lyon para me exibir, nem para receber homenagens, mas para conersar convosco, consolar os aflitos, encorajar osfracos, ajudar-vos com meus conselhos naquilo que esteja ao meu alcance fazer..."
1862 foi o ano no qual Allan Kardec recebeu da Sociedade Espírita Caridade, de Viena, Áustria, em sessão de aniversário a 18 de maio, o diploma e título de Presidente Honorário, concedido por aclamação ao 'digno e corajoso presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas'.
A Viagem durou sete semanas, nos meses de setembro a outubro e Kardec visitou vinte cidades, saindo de Paris: Provins, Troyes, Sens, Lyon, Avignon, Montpellier, Cette, Toulouse, Marmande, Albi, Sante-Gemme, Bordeaux, Royan, Meschers-sur-Garonne, Marennes, St.-Jean d'Angély, Angoulême, Tours e Orléans, através das malha ferroviária francesa, num deslocamento de 4600 Km aproximados, tendo assistido a mais de cinquenta reuniões.
Era a terceira viagem que ele realizava para disseminar o conhecimento espírita e estabelecer diretrizes administrativas para o Movimento doutrinário que era crescente naquele momento.
Em comunicação mediúnica recebida por via mediúnica em 1o de agosto de 1862 na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, o Espírito Santo Agostinho, através do médium Sr. E. Vézy, comenta a respeito das próximas férias da Instituição, estimulando os presentes na reunião para que o período fosse de trabalho:
"Aproveitai essas férias que vão espalhar-vos, para tornardes ainda mais fervorosos, a exemplo dos apóstolos do Cristo..."
Kardec segui o conselho com determinação, aproveitando o convite dos lioneses e dos bordeleses, urilizando aquele período, que poderia serdedicado ao lazer, para promover a famosa Viagem histórica.
Nela Kardec identificou que os seguidores da Doutrina que eram em número de algumas centenas em 1860, havia passado para cerca de vinte e cinco mil no ano de 1862.
Após a Viagem emitiu nota na Revista Espírita de novembro de 1862 declarando ser longo o relato de tudo o que acontecera e que publicaria num livreto à parte, que já se encontrava em preparação, contendo, em síntese:
1. As observações sobre o estado do Espiritismo;
2. As instruções dadas por Kardec aos diferentes grupos, e
3. As instruções sobre a formação dos grupos e das sociedades, além de um modelo de regulamento para uso de ambos.
"Sob vários pontos de vista nossa viagem foi muito satisfatória e, sobretudo, muito instrutiva pelas observações que recolhemos", conclui Allan Kardec em suas 'Impressões Gerais'.
Como se pode ver, Kardec não se detinha a reuniões e a uma escrivaninha para sedimentar as bases doutrinárias: arregaçou as mangas e pôs 'mãos à obra' em favor do Espiritismo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário