Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Obsessões no lar




As provações mais difíceis, certamente, são aquelas que temos de enfrentar diariamente, sem que se possa ter algum grau de abstenção.

Permanecer ao lado de um ente amado que esteja passando por um processo obsessivo prolongado é, provavelmente, uma das mais duras provas a se passar.

Ter de olhar para um companheiro, para um filho ou para um irmão e saber que seu comportamento é desagradável e algumas vezes desafiador exige que se tenha uma dose extraordinária de boa vontade e que se desenvolva dia a dia a paciência da qual ainda não somos verdadeiros portadores.

É preciso que efetivamente se busque exatamente isso: amor!

Se estamos juntos, sob um mesmo teto, com uma criatura amada que nos faça sofrer as injunções de suas perturbações íntimas, é em razão de termos juntamente com ele vínculos que nos trazem a chance de resgatar dificuldades de um passado, nesta oportunidade.

Se em nosso lar habita conosco um filho desequilibrado, uma companheira em desatino, um irmão rebelde, que é perturbado e perturbador, há uma clara demonstração de que essa criatura amada precisa realmente ser amada.

Não é com reações revoltosas que iremos auxiliar aquele que necessita de amparo.

Não é com rejeição que poderemos acompanhar passo a passo o desenvolvimento e a melhoria dos quadros espirituais que geram o desequilíbrio.

Somente o amor pode inspirar para conduzir até mesmo para a cura.

Não se pode permitir o desânimo, o desespero, a insatisfação, a revolta ou mesmo a perda da fé.

Permanecer junto ao que se encontra em dificuldade neste caso é fundamental para sua jornada. E para a nossa.

Buscar os devidos auxílios na medicina e a partir da espiritualidade é atitude fundamental para que se construa um ambiente harmônico o bastante para correção recíproca.

Obsessão no lar é chance para se construir e conquistar. Mas depende de todos os envolvidos neste difícil processo que vem de uma teia de acontecimentos tecida no passado e que nos prende juntos para a redenção no amor.

Olhar para o doente da alma com ternura é uma postura saudável. Desejar-lhe o bem é fundamental para todos.

Mas certamente não é tarefa fácil e tampouco simples, pois aprender a amar uma criatura em desatino exige muito esforço.

E somente perdoando e amando teremos nossa real evolução. Se não iniciarmos a prática da caridade e da fraternidade dentro do lar, como poderemos exercitá-las diante das demais pessoas?


Psicografia recebida no NEPT em 02 de novembro de 2012.

Zezinho

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