Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A criança ansiosa


Na vida espiritual transitamos em fases de adaptação, aprendizado e preparação para a próxima experiência na vida ligada à matéria.

Na verdade, os ciclos entre a vida espiritual e a vida material vão se complementando e enriquecendo o currículo de cada Espírito, acompanhado das cargas emocionais, afetivas e traumáticas que tem consigo das vidas anteriores, formando, assim, um prontuário cada vez mais vasto e mais profundo, até certo ponto independente do grau de evolução de cada um.

Muitas das características do Ser são marcantes, em função justamente de experiências também marcantes que eventualmente teve em determinada reencarnação que, embora não seja clara em sua mente, ficam como um registro silencioso preparado para se manifestar quando situações semelhantes venham a se apresentar.

Assim, o Espírito nasce com determinado potencial para reações exacerbadas quando alguns obstáculos que a vida oferece naturalmente.

Antes mesmo que o problema venha a se efetivar, ou que alguma coisa a seu redor tenha a tendência de fugir de seu controle, ou diante do distanciamento de alguém que represente muito para si, ou, ainda por conta de sua imaginação, mesmo na fase mais tenra da infância, o Espírito apresenta quadro de despreparo mais ou menos acentuado de descontrole de suas emoções, dominado que fica pelo medo, pela insegurança ou mesmo pelo pavor.

É dito hoje em dia, de modo popular, que o pequeno “surta”.

A agitação da criança, o choro intenso, a falta de sono, a perda do apetite – ou ao contrário o excesso dele, a agressividade e o comportamento ditado por presença de doenças fantasiosas fazem a composição de quadro clínico característico da ansiedade.

Algumas vezes o quadro de ansiedade pura, orgânica ou espiritual, se confunde com a permeabilidade que o jovenzinho tem para com a Vida Espiritual, através da vidência e audiência naturais, que, em função da imaturidade não permite a ele a real compreensão dos fatos e gera aprofundamento da insegurança.

Se pensarmos apenas na herança espiritual, as circunstâncias de compreensão são menos esclarecedoras, pois pouco ou nada se sabe sobre as vidas anteriores de quem quer que seja.

Por isso, embora saibamos da importância fundamental dos compromentimentos cármicos de cada um de nós, é muito mais importante que tenhamos foco da reencarnação atual, delimitando fatos para melhor entendimento da situação da criança, que, sabemos, é Espírito imortal, mas está em situação de adaptação na atual reencarnação.

Este é o momento de necessidade de maior atenção para a criança!

Dar foco para os cuidados espirituais, através dos passes, da água fluidificada e do Evangelho no Lar é fundamental para a recuperação do pequeno paciente.

Deve-se dar muita importância para o controle e comportamento dos cuidadores desta criança que sofre de ansiedade, pois aquilo que o adulto faz serve de inspiração e exemplo para o pequeno.

Muita cautela ao lidar com as inseguranças, sem exaltá-las e sem desvalorizar suas emoções.

O descaso para com as queixas eventuais do menor causa ainda mais inseguranças!

Serenidade para fortalecer a personalidade daquele que, além de estar com todo o organismo em formação, está como Espírito em adaptação para a nova Vida.

Fazer o maior esforço possível para não demonstrar ansiedade diante do jovem reencarnante, para não dar a ele ainda mais motivação de gerar este estado de espírito.

O eventual acompanhamento psicoterapêutico em variadas expressões é ferramenta muito importante para que se possa ajudá-lo.

Da mesma forma, quando o quadro de ansiedade é muito acentuado, o tratamento com medicamentos é necessário e indicado.

E sempre a prática do Evangelho no Lar deve ser mantida, para manter harmoniosas as vibrações do ambiente de aconchego da criança, até mesmo para protegê-la de eventuais envolvimentos espirituais que podem ser gerados justamente pela insegurança natural que tem criança ansiosa.



Mensagem recebida em 29 de agosto de 2013
Zézinho

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