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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Crianças autoritárias
O Espírito encara inúmeras reencarnações não apenas e tão somente em nossa Casa-Planeta, mas em váriados Orbes durante suas experimentações e oportunidades, pois é assim que vai incorporando em sua personalidade as matérias que aprende e poderá aplicar a cada próxima oportunidade de lidar com a matéria.
Nas muitas experiências, sua personalidade vai se firmando e se transformando simultaneamente.
Alguns de nós adquirimos certo endurecimento interior, por conta de vivências particulares que nos fazem reagir a obstáculos, cada um à sua maneira, sendo que o endurecimento é uma forma de gerar uma espécie de camada de proteção contra os intempéries eventualmente encontrados durante nossa trajetória.
Coloco na primeira pessoa do plural, pois todos estamos sujeitos a este mecanismo de defesa, se é que se pode entender assim, que criamos para resistir às pressões que muitas vezes nós mesmos geramos em função das escolhas equivocadas que fazemos, ao lustrar o próprio ego durante nossas vivências.
Não há quem não possa enrijecer, com muita frequência, diga-se, diante da dor!
Uma das máscaras de enrijecimento surge quando em determinada experiência pudemos ter tido nas mãos o poder de gerir algo, seja no nível que se possa entender: uma instituição, uma comunidade, uma casa, um município, um país, enfim, a responsabilidade de cuidar de vidas em qualquer lugar, em qualquer tempo.
É justamente pelo medo de perder o controle que se promove na própria personalidade uma transformação que nos faz paulatinamente passar a ser progressivamente mais rigorosos com os outros, embora nem tanto conosco...
O medo pode gerar, portanto, uma postura que se encaminha para a postura ditatorial, colocando a experiência em um patamar mais voltado a limites extremos, controladores e, por que não, manipuladores.
As frustrações decorrentes destes equívocos, pois toda ditadura gera algum grau de hipocrisia no entorno de nós, ficam marcadas em nossa memória espiritual, de forma indelével e temos uma tendência a resgatá-la durante os processos automáticos de amadurecimento reencarnatórios que ocorrem nos primeiros anos de vida, considerando nossa Terra amada!
É justamente neste período da infância que podemos expor, de modo bastante natural, nossas tendências autoritárias e ditatoriais!
É este o caso de muitas crianças que, a título de experiências, vêm junto de pais que acabam se deixando dobrar pela extrema autoridade imposta por crianças-problemas, que literalmente mandam nos pais, nos cuidadores e em quem possa estar ao seu lado.
Há quem veja isso como uma expressão de personalidade, justificando o injustificável e normalizando o que não é normal de modo algum!
A criança nesta situação precisa de limites, pois, embora tenha passado o que lhe é particular, e que pode não ter sido nem um pouco produtivo, não sabe lidar com tais informações que estão guardadas na construção de sua personalidade.
Ela, a criança, não pode ter autoridade impositiva!
Precisa ser educada com amor e exemplo!
Os cuidadores e os pais devem dar a ela o caminho que seja lícito para ser uma criatura humana de Bem, que respeite os limites que a própria Vida lhe dá!
Não se pode permitir que pequenos gerenciem um lar e ordenem adultos, pois a profunda imaturidade cerebral, aliada ao egoísmo que nutre o coração durante a infância, em decorrência do instinto de sobrevivência, impedem que tenham quaisquer mínimas condições para tomar o lugar de uma pessoa vinte, trinta anos mais velha!
Nada de qualquer experiência de vidas passadas que tenha tido, nada, nem mesmo uma doença cármica concomitante, uma limitação genética, dá aos pequenos o direito de mandar em ninguém, olvidando a própria limitação reencarnatória, seja em função da idade ou em função das limitações físicas.
Nenhuma linha psicológica pode sequer permitir que seja alimentada uma situação de domínio infantil, construindo um império de impropérios em um lar qualquer.
As crianças autoritárias precisam de energia na condução de suas vidas.
É preciso recordar sempre do aforisma: duro e doce, como rapadura, para com estes pequenos amigos que trazem consigo suas experiências e que necessitam dos adultos como educadores de verdade para o bem de todos os que constituem a família!
Jamais se cuida de uma criança com este perfil usando de violência física, pois este é o pior exemplo que se dá para quem já tem a tendência para ela!
Mensagem recebida no NEPT em 28 de agosto de 2013
Albino Teixeira
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