Na qualidade de Espíritos recém-reencarnados, as crianças carregam consigo todas as tendências que, enquanto Espíritos, elas tiveram e têm, facultando possibilidades de que se encaminhe para o cipoal das próprias dificuldades, ainda que a memória esteja temporariamente em repouso.
Não há exceção no campo da sexualidade.
A carga vibratória de todos os seres humanos quanto às necessidades sexuais é proporcional aos instintos necessários para a preservação da espécie, sendo, portanto, intensa.
E, embora a criança tenha suas lembranças de vidas passadas adormecidas, ela carrega consigo potenciais inatos, que independem do organismo físico, embora ligados a ele, e estão profundamente ligados aos interesses e necessidades do próprio Espírito que habita seu corpo.
Estes potenciais, admitidos como instintos, podem ser anunciados já desde a mais tenra idade, embora não valorizados adequadamente, justamente, por ser o Espírito na infância visto em sua inocência, o que é, de certa forma uma verdade parcial, já que todos somos Espíritos "adultos", ainda que passando pela transição adaptativa da infância.
As manifestações ligadas à sexualidade não deveriam ser confundidas com as manifestações ligadas à sensualidade, que é uma manifestação elaborada da primeira, em função dos chamados jogos de aproximação e sedução entre pessoas que apresentam interesses entre si, ou que simplesmente podem ser manifestos pela exacerbação e do exagero das paixões ligadas ao sexo, justamente o problema que tem levado a criatura humana a perdas em várias épocas e em muitas sociedades.
O jovem pode manifestar tal sensualidade, ainda que nem mesmo tenha consicência disto, de modo natural, espontâneo, sem a malícia do adulto, em função de seu caráter passional e suas ligações com exageros ou abusos sexuais de outras vidas.
Pode, também, atuar sensualmente em função de imitar os adultos que os cercam na vida.
Os adultos, em função de seus desequilíbrios quanto à sexualidade, não conseguem avaliar que seus exemplos "normalizam" atutides perigosas no comportamento infantil!
Mas, a criança, justamente por ter uma carga vibratória específica, nestes casos, quanto à sensualidade, e por ter ligações espirituais do passado, é acompanhada por Entidades Espirituais que lhe estimulam tais tendências, além de buscar nelas as satisfações para o sexo ou, ainda, por desejo de cobrar erros anteriores, num movimento de vingança, como é comum, infelizmente, nos processos obsessivos.
Nem mesmo o esquecimento do passado nos liberta de nossos compromissos.
A lei de ação e reação é universal em todos os casos e não há como fugir dela.
Há como amenizar e minimizar através do esforço de reformulação interior ou reforma íntima autênticas!
Exatamente por isso é de extrema importância que o pequeno seja conduzido pelas mãos do Evangelho, para que nutra em suas fibras mais íntimas o melhor que possa nutrir em relação ao Amor verdadeiro e não permanecer como joguete do "amor" fugaz que a carne provê!
É fundamental que as expressões de sensualidade infantil sejam redirecionadas sem chamar sua atenção como se fosse algo pecaminoso; que as crianças sejam educadas e edificadas com cuidado, com carinho, no propósito de reestruturar suas bases mentais, éticas e morais e, para isso, seus cuidadores são figuras fundamentais, tanto na exemplificação quanto no direcionamento.
Particularmente o redirecionamento religioso.
E o Espiritismo tem todas as condições, através do Evangelho no Lar, da Educação Espírita Infantil e da terapia de passes, para que estas crianças entorpecidas pelas paixões do passado possam ser amparadas à luz do Cristo e afastem de si mesmas as impregnações viciosas que o sexo pode causar quando utilizado de forma equivocada.
A sexualidade é uma energia divina que deve ser aplicada não somente na manutenção da espécie, como acontece em todos os níveis de seres orgânicos, mas também na aproximação de corações queridos que se transformam em um quando unidos pelo sexo, auxiliando na integração e harmonização das criaturas, por ser força da vida.
Os desequilíbrios decorrentes de sua má utilização, levando-a somente para o campo dos prazeres fugidios, é capaz de destruir civilizações, como já demonstrado na história da humanidade.
Por isso, não profanar esta energia é de fundamental importância para a manutenção do equilíbrio do Ser.
Mas, também, não levar a extremos, fazendo do sexo um pecado inominável, pois este extremo é outro equívoco que também pode levar as criaturas humanas à obsessão!
Sem exageros, com naturalidade, com respeito e admiração por esta força divina e criadora que existe dentro de cada Ser Humano, a criança será guiada para sua harmonização e liberdade das teias equivocadas da sensualidade viciosa ou da sexualidade desmedida.
Mensagem recebida no NEPT em 30 de agosto de 2013
Albino Teixeira
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