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Mensagem
"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
A criança e a imaginação
Durante as fases iniciais da Vida o Espírito passa por uma adaptação das mais profundas, mergulhando cada vez mais na matéria, após ter passado período extremamente variável, de caso a caso, desprovido dela.
É um processo extremamente complexo, que pode durar até mesmo uma década ou um pouco mais e, em alguns casos, pode até mesmo se prolongar, em função de uma característica interessante: a conquista evolutiva individual do Ser.
Quer dizer: a maturidade!
Quanto mais ligado à imaturidade é o Espírito, mais prolonga sua fase de adaptação, por variadas razões, como, por exemplo, a insegurança.
E é relativamente natural que o faça, instintivamente, para que possa se sentir protegido de alguma maneira, pois, se ainda é ingênuo e imaturo necessita da proteção dos seus cuidadores.
Há, também, a questão da acomodação por conveniência, à qual o Espírito se submete, por puro interesse de se manter mesmo na infância.
Chega a existir a "recusa" de envelhecer!
Sim, a fase de adaptação é a infância na Terra!
As dificuldades de amadurecimento estão ligadas a questões passadas, já que o Ser reencarnante ainda não apresentou oportunidade para gerar experiências na atual vivência.
Independentemente de quais sejam tais comprometimentos passados, pois o importante é o presente e será o futuro de cada um de nós, há uma facilitação para que, em função da imaturidade, o Espírito mergulhe em fantasias proporcionais às suas necessidades de fuga da realidade que lhe parece dura de enfrentar na atual existência material.
É justamente aí que ocorrem os excessos da imaginação, na fase da infância, que levam a criança a criar uma espécie de universo paralelo às suas realidades.
O próprio endurecimento da Vida atual, diante de pais ou cuidadores que possam eventualmente afrontar a fragilidade da figura infantil, pode levar a criança a criar uma realidade mais agradável para si mesma, como mecanismo compensatório para os estresses aos quais possa estar sendo submetido.
A covardia de certos adultos dão início a processos complexos nas mentes das crianças pelas quais eles são, ou deveriam ser, responsáveis.
A realidade paralela, que evitaria as dores da vida presente, geradas na mente infantil, poderá causar transtornos psiquiátricos variados, se a criança não vier a ser resgatada por adultos íntegros a tempo de evitar desestruturações mais profundas no mecanismo psicológico do Ser em formação e adaptação para com a Vida atual.
Mentiras, engôdos, interesses, malícia, maldade, crueldade e outras facetas desnecessárias da personalidade humana podem vir à tona, revivendo justamente o potencial “antigo” de cada um graças aos traumas que poderiam ser evitados pelo livre arbítrio tanto de adultos como da sociedade propriamente dita.
A criança, mesmo sem ser submetida às tensões provocadas por outrem, ainda que tenha tudo extremamente favorável para que proceda com correção absoluta, poderá agir equivocadamente em função das heranças que traz de si mesma, isto é, sua personalidade eclode tal como é, já em tenra idade e pode transformar a vida dos pais ou de seus educadores em um fardo pesado e difícil.
Não que isso seja casual, pois a ligação entre todos não é absolutamente furtiva, mas isso demonstra claramente que a criança é um Espírito já experiente que vivencia uma vida nova ligado às suas necessidades e que, desprendido do corpo físico, é um ser que tem livre-arbítrio e pode agir, até certo ponto, como bem entende.
As fantasias, então, passam a ser a “realidade” e a necessidade desta criança, que exige de seus pares mudanças adaptativas muitas vezes extremadas, para que se possa conviver de alguma forma com algum equilíbrio, em detrimento das dificuldades que ela mesma provoca.
Mentiras podem ser a rotina, por causas e com interesses variados.
Tanto no caso das causas atuais, como no caso das causas de vidas passadas, as fantasias estão comumente presentes, passando a crianaça a viver fora de sua realidade, criando algo que poderíamos determinar como uma realidade virtual.
Sempre influenciada por Entidades Espirituais que, com sua própria aprovação, o Espírito reencarnado e ainda na fase adaptativa para a Vida, entra em deleite viajando nas asas da imaginação fértil, seja em terrenos sólidos ou em áreas pantanosas da mente.
Evidente que há uma fase absolutamente natural da infância na qual a criança realmente ainda mantém contato com a Vida Espiritual, em suas funções mediúnicas naturais.
Mas, quando estas funções descambam para quadros de desequilíbrio, mostram-se os potenciais equivocados do Espírito e as obsessões na infância podem dar vazão a vários problemas como as dificuldades em sociabilizar-se, por exemplo.
Além de variados problemas de ordem familiar...
Não levada à educação fundamental do Espírito, através do passe e da Educação Espírita Infantil, o Ser tem possibilidades de perder-se em equívocos cada vez mais acentuados, embora, muitas vezes, o auxílio espiritual consiga intervir e amparar a alma em estruturação, graças aos méritos ou às intercessões de outrem.
De qualquer modo, para todos os educadores, é necessária a atenção permanente com o comportamento da criança em especial quanto à sua imaginação e à exposição de suas ideias, para que não sejam tomados de surpresa quando o quadro de mentiras e manipulação já esteja formado adiantadamente, algo que dificulta ainda mais a possibilidade de auxíliar a criança em sua recuperação na direção correta para sua jornada.
Educadores, cuidadores e pais atentos são sempre os primeiros recursos que a própria Espiritualidade lança mão para redirecionar a criança com tendências excessivas aos descaminhos da imaginação.
E, mais uma vez, o exemplo do adulto é o esteio da criança.
Adulto mentiroso é modelo para criança que mente!
Mensagem recebida no NEPT em 30 de agosto de 2013
Herculanum
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