Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Solidariedade


Quando se aplica ser solidário?

Quando alguém muito próximo sofre de uma desarmonia de qualquer espécie, como por exemplo, um quadro de alcoolismo, de dependência química, de qualquer tipo de viciação, esta é uma das respostas possíveis!

A solidariedade tem pelo menos duas expressões da caridade, quais sejam: a compaixão e o espírito de auxílio.

Através dela o solidário tem a oportunidade de se aprimorar em seus sentimentos e em suas disposições mais íntimas, já que ele se dispõe a simplesmente servir!

Isso mesmo!

Servir a aquele que está em desarmonia e que é uma das criaturas mais próximas em sua vida!

Quando alguém que faz parte da nossa vida está em desequilíbrio, por qualquer razão que seja, nós temos inicialmente a disposição de auxiliar, ouvindo, conversando, discutindo, e tentando convencer a pessoa das suas reais potencialidades para solucionar sua existência.

Mas, esta tendência inicial tem uma forte carga de cunho pessoal, justamente nesta tentativa de convencimento, pois são as nossas experiências de cunho pessoal que vêm a tona para expressar nossos ideais e nossas esperanças com relação à Vida.

É a nossa forma de pensar que está ali impregnada na conversa, no diálogo!

Com o tempo, quando a criatura amada passa a se mostrar refratária às nossas impressões, quando seu quadro vai se aprofundando e ela vai mostrando que não consegue reagir de acordo com a nossa forma de entender o mundo, nós acabamos por providenciar um afastamento, algo até certo ponto natural, se este afastamento fosse devido a um certo respeito pela forma de pensar alheia.

Entretanto, geralmente este afastamento tem outro viés.

Trata-se de certa irritabilidade em função de que o Ser com o qual convivemos não cede às nossas impressões, não consegue "entender o óbvio" e permanece em erro e em equívoco, "teimosamente", pois "é uma pessoa orgulhosa e turrona".

Mas, a afirmação é geral, não serve para todos os casos, felizmente, pois há quem, efetivamente, se afaste por respeito ao livre arbítrio alheio e aguarde o momento de despertar, se é que este momento é necessário, para que tudo retome seu rumo certo na Vida da pessoa a quem nos referimos.

Esta, aliás, é a expressão mais adequada para entender o verdadeiro sentido da solidariedade fraternal entre pessoas mais próximas quando uma delas, ou ambas, passam por uma fase tormentosa em detrimento de quaisquer expressões de amparo que possa receber.

Solidariedade familiar é uma destas formas de expressão da caridade que permeia justamente o momento certo para abordar um filho, uma filha, um companheiro ou uma companheira.

Aguarda-se, com a inteligência necessária, o oportuno momento de tocar o coração amado com as palavras certas, com a gentileza adequada, com a educação providencial, com o intuíto de realmente amparar e não de interferir em seu livre-arbítrio, como se fôssemos uma mão a segurar na mão de um filho pequeno que ainda não sabe nem mesmo o que tem para fazer ou nem mesmo tem noção exata sobre a Vida como ela realmente é.

Claro que há pessoas adultas que necessitam, sim, de uma condução, pois seu livre-arbítrio está claramente compromentido em função de suas viciações e neste caso a interferência positiva passa a ser providencial e até mesmo necessária, para que não se perca uma Vida!

Mas, é fundamental que se tenha maturidade para compreender quando estas situações realmente existem e nem sempre quem acompanha um enfermo da Alma consegue discernir tais situações, pois geralmente quem acompanha um enfermo desta expressão acaba adquirindo algum grau, pequeno ou grande da mesma enfermidade.

Então, o auxílio de uma orientação é fundamental para que se possa entender o que acontece e como interferir construtivamente, pois sozinho não há condição de se expressar sem elevar ainda mais os graus de comprometimentos já existentes.

A intervenção de alguém neutro, bem orientado passa a ser fundamental.

Ainda assim, acima de tudo, podemos contar com o auxílio do Evangelho do Cristo em nossas Vidas para nortear os passos em momentos difíceis.

Com ele, o Evangelho, teremos as bases fundamentais para seguir adiante, para construir amando e para amparar com solidariedade as pessoas que amamos.

Com o Cristo na mente, no pensamento, nas palavreas e nas atitudes, seremos potencialmente os "solidários do Amor".



Mensagem recebida no NEPT em 19 de fevereiro de 2014
Albino Teixeira

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