Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Acreditar

Santo Agostinho




Sempre temos alguém próximo que “em nada acredita”, que “não acredita em Deus” e que é “muito prático com relação às coisas da vida”.

Não é realmente uma situação incomum e, talvez até a gente mesmo pode já ter passado por alguma “fase” assim.

Afinal, em alguns momentos da vida, parece que está realmente tudo dando errado.

Quando a mente da gente fica neste estado geralmente há duas formas que se pode observar para compreender o que está acontecendo.

Ou a confusão de pensamentos é tão pronunciada que não se pode sequer pensar em Deus...

Ou endurecemos a forma de pensar e afastamos aquilo que nos pareça “ilógico” e que “demonstre que estamos jogados na vida mesmo”...

Bom, qualquer das duas posturas é equivocada, embora a segunda seja realmente a mais difícil, pois envolve a revolta contra as próprias forças.

Mas tem gente que simplesmente é assim mesmo: “não acredita em nada”!

Já desde pequeno, quando começam a correr os pensamentos a formação do caráter demonstra tratar-se de um Espírito mais, digamos, “lógico”. E esta situação é muito comum hoje em dia, por termos grande número de encarnados que são velhas Entidades na experiência da vida material.

Rebeldes, insatisfeitas e se debatendo contra as dificuldades que elas próprias criaram em vidas passadas, guardam dentro de si uma postura mais que defensiva com relação ao Criador. É uma atitude de rejeição, mesmo. Então, por conta da inata condição de inteligência adquirida no correr das experiências anteriores e com certa lucidez justamente por conta dela, colocam-se com alguma impermeabilidade diante da Vida.

Irão precisar passar por dificuldades para compreender que a Vida é muito mais do que esta passagem efêmera de apenas uma encarnação.

Mas, por outro lado, pode-se conviver com “ateus convictos” que têm uma postura muito curiosa.

Estas pessoas “do bem” não aceitam a Deus, mas têm uma atitude correta diante de todos, diante da Vida, das dificuldades e das conquistas. São pessoas que agem de acordo com princípios morais muito bem instalados em suas mentes serenas. São “ateus”, mas agem muito melhor do que muitos cristãos espalhados pela Terra.

Esses irmãos trazem consigo, de outras experiências, o desconsolo vivenciado pela desilusão causada por outras pessoas em círculos religiosos. A vivência fora tão dura que sua mente carrega consigo certa aversão pela questão da religiosidade. Desta maneira, implicitamente, de forma inata, transfere a questão da religiosidade para o ateísmo. Mas mesmo assim é mais acertado em termos éticos e morais do que outras pessoas que transitam pelos ambientes religiosos em curso de aprendizado.

Podem, inclusive, servir de exemplo para estes de nós que estamos cultivando a crença religiosa mas ainda falhamos na proposta de compreender realmente a essência de qualquer religião que é a proposta do amor.


Bia Orantas

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