Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Treino





É comum ouvirmos a expressão “desenvolver a mediunidade” nos centros espíritas de todos os recantos. É algo que leva inclusive a dar a impressão de que existe certo mal estar para quem seja portador dela, da mediunidade, pois, não procedendo ao “desenvolvimento” correria o risco de ser submetido ao jugo de dificuldades e dores, como uma espécie de castigo peculiar e típico de médiuns que não se deixam conduzir pelo “desenvolvimento mediúnico”.

Na verdade, a mediunidade é uma faculdade humana comum, que faz parte do cotidiano de todo mundo, praticamente sem exceção, mas algumas pessoas a têm em maior expressão, assim como existe quem enxergue melhor, quem ouça melhor, quem tenha melhor sensibilidade olfativa ou com relação ao paladar.

Desta forma, como qualquer destas que citamos, para que se tire melhor proveito, para que se faça melhor uso, ela exige treino, treinamento, dedicação e disciplina. Um pouco mais além, ela pede que se estude para compreendê-la, para que se afaste os condicionamentos inerentes aos costumes de outras encarnações, quando ainda estávamos atrelados ao misticismo, coisa que o Espiritismo nos ensina bem tratar-se de algo desnecessário.

Conhecer bem seus mecanismos é um fantástico recurso para se aproveitar bem da mediunidade.

Da mesma forma, conhecer bem a si mesmo é fundamental para que se mantenha um adequado nível de moral para a adequada prática da mediunidade. Sim, porque o médium que esteja em sintonia com bons princípios morais é recurso de intercâmbio espiritual para a prática do bem, enquanto que aquele que se desarvore em desatinos é voltado para os equívocos da vida.

Compreendemos, então que a mediunidade necessita, sim, de um processo de maturação e desenvolvimento no que diz respeito à sua compreensão e entendimento, mas ela está ali, junto do médium e, ela em si, não precisa ser desenvolvida. Quem precisa de desenvolvimento é a compreensão do médium, o entendimento do médium, o conhecimento a ser adquirido, o aprimoramento das questões morais, a prática em si mesma e não a faculdade em si que está ali, como já disse, à disposição para ser adequadamente utilizada.

Quanto mais o médium se aprimore, melhor uso e melhores frutos ele recolherá de sua faculdade mediúnica.

Assim como o médico, que necessita de anos de estudo e prática para desenvolver suas técnicas profissionais, apurando inclusive seu olfato, sua acuidade visual e auditiva, além de seu bom senso, o médium também precisa de estudo e prática para que seja adequado para a prática de servir ao próximo voltado para o Bem.

E não há caminho melhor para o médium do que seguir as diretrizes pautadas por Jesus em seu Evangelho.


Elizabeth.

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