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"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."
Militão Pacheco
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Esperança e Razão
As curas mediúnicas são sempre foco de muita movimentação tanto no meio Espírita quanto fora dele.
Inúmeras pessoas procuram Casas Espíritas que têm um ou mais médiuns de cura que certamente atuam com toda boa vontade para ajudar a quem vé lhes procurar para solucionar uma dificuldade de ordem física, muitas vezes em função da qual está ‘desenganado’ pela medicina tradicional.
Pode se ver amontoados de pessoas nas portas e nas cercanias destas Casas, pois o número de aflitos que sofrem de doenças físicas é sempre grande, particularmente quando a população terrena alcança números imensos como agora nestes tempos. Obviamente, quanto mais criaturas humanas, maior o número de doentes.
É de se esperar que todos os que procurem essa qualidade de atendimento guardem consigo esperanças de que sejam amparados, aliviados em suas dores, mas não necessariamente que sejam em todas as oportunidades curados de suas enfermidades.
Uma enorme massa de pessoas vai atrás de um milagre, mas ignoram, na maioria das vezes que milagres não existem. Existe, sim, até mesmo a possibilidade de cura, mas não se pode afirmar que ela realmente aconteça.
Felizmente, há um grande número de médiuns que, atuando como curadores na atualidade, já faz palestras, preleções elucidativas, que mostram o caminho do Evangelho para todos aqueles que os procuram em seus postos de atendimento. Isso é de fundamental importância para retirar dos corações, progressivamente aquela ideia de que as curas são realmente algo do além.
Como Espíritas, sabemos que os fatos não ocorrem assim. Há atuação do médium, com seus fluídos vitais, com seu magnetismo e há, também, ação das Entidades Espirituais que atuam através desse médium, para aliviar, amparar e auxiliar a todos os que os procuram, mas sem mistérios. É mediunidade e ponto final.
Sabemos também que o grande feito desse processo todo de cura é mudar o que se tem por dentro. Isso é importante realmente e, em função disso, eleva o Espírito.
Aceitar com resignação uma prova é colocar-se acima dela e aproveitá-la no próprio aprimoramento.
Buscar a cura é direito de todos, mas é necessário ser racional, sempre.
Se a medicina tradicional oferece um tratamento, que se faça esse tratamento, de forma independente de se procurar um tratamento espiritual. Uma coisa não impede a outra, de modo algum, da mesma forma que um tratamento homeopático não é passível de abolir um tratamento tradicional, com medicamentos farmacologicamente reconhecidos.
Rejeitar uma moléstia, sentir medo ou ódio dela não é construtivo para si mesmo. É como tomar um veneno letal para curar-se, ou seja, agravar o próprio quadro, encetando um adoecimento ainda mais profundo.
Buscar a Medicina Espiritual é importante, também, mas nunca abandonar um tratamento terreno por ‘ter certeza’ que o tratamento espiritual é o bastante.
Enfim, esse esclarecimento evangélico que muitos médiuns vêm ofertando antes de suas sessões de cura é providencial para alertar a todas as almas que a verdadeira cura é aquela que nasce do coração do homem, na transformação íntima irreversível.
Esperança e razão devem andar de mãos unidas.
Psicografia recebida no NEPT em 08 de outubro de 2012
Alva Luzia
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