Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Guia Espiritual




- Então, eu gostaria de saber quem é o meu mentor espiritual!

- Muita gente tem essa curiosidade, mas eu, particularmente não vejo sentido em guardar esta preocupação ou curiosidade.

- Mas, não é importante a gente saber quem é que acompanha a gente no dia-a-dia, nas importantes decisões da vida e todo o resto? Claro que é!

- É importante ter a consciência de que há um Espírito Protetor, mas qual a finalidade de se ter um nome específico?

- Fazer a prece dirigindo para um determinado nome, uai!

- Há uma coletânea de preces sugeridas por Kardec no final do Evangelho Segundo o Espiritismo. As preces de números doze, treze e quatorze são preces dirigidas para nós mesmos. Nelas encontramos, na verdade, um estímulo para a nossa vinculação com nosso Espírito Protetor, mas não há, em um momento sequer, não só nas preces, mas em nenhuma palavra ou frase de toda codificação espírita que sugira a necessidade de que se saiba ou se diga o nome desse Espírito. Basta dirigir o pensamento para nosso Espírito Protetor, mais nada.

- Então, tudo bem, mas e se meu guia espiritual for um ‘preto velho’? Tem algum problema?

- Nenhum, com certeza. Mas devemos ter consciência de que Espíritos não têm raça, cor ou mesmo gênero masculino ou feminino. Isso é muito claro nos estudos doutrinários. Se é assim, o Espírito não é representado por outra forma que não seja aquela da qual nós guardamos necessidade para nosso grau de entendimento. Além disso, a expressão de Entidades Espirituais com essa denominação que você sugere é particularmente ligada à umbanda ou ao candomblé, que são, nos dizeres de Chico Xavier, “a mediunidade na Umbanda é tão respeitável quanto a mediunidade das instituições kardecistas com uma diferença: seria extremamente importante a mediunidade na Umbanda recebesse a doutrinação do espírita do Evangelho com as explicações de Allan Kardec. Porque a mediunidade esclarecida pela responsabilidade decorrente dos princípios cristãos é sempre um caminho de interpretação com Jesus de qualquer fenômeno mediúnico.”

- Então, não é válido que eu diga que meu guia espiritual seja um ‘preto velho’?

- Claro que é, se para você essa representação lhe ajuda a dar condições para ser uma criatura melhor, mais próxima de Jesus. Nessa proposta, tanto faz a expressão que busquemos, pois a religiosidade humana é necessária para isso: para sermos melhores.

- Mas, afinal, existem ou não ‘pretos velhos’?

- Existem, assim como existem, também ‘brancos velhos’, ‘amarelos velhos – os orientais’ e os ‘vermelhos velhos – indígenas norte-americanos’... Qual a necessidade de que seja exatamente um ‘preto velho’?

- Por que eles são Espíritos mais evoluídos, por terem sofrido muito na última encarnação, quando eram escravizados, ora!

- Você conhece algum escravo ‘fenício’? Ou do antigo Egito? Ou escravo da época do Império Romano? Há algum? Há algum escravo da América do Norte, entre nós?

- Nunca pensei nisso? Não sei...

- Então, provavelmente todos nós já passamos pelas circunstâncias vexatórias da escravidão, ou como escravos, ou como ‘senhores’. Mas nem por isso estamos por aqui manifestando nossa ‘veia escrava’ para orientar pessoas. Chico Xavier exalta, naquela frase que lhe contei, a necessidade de esclarecimento, exatamente por essa questão: quanto mais esclarecido o Espírito, menor sua necessidade de estar ligado às expressões de vida que tenham tido anteriormente. A linguagem do Espírito é universal, através do pensamento, que não tem um determinado idioma, mas sim a expressão da vontade e necessidade do indivíduo, então, não é preciso que ele se manifeste com linguajar peculiar ou mesmo com características marcadas de uma determinada encarnação. Assim como também não é preciso que ele se manifeste em psicofonia (incorporação) e necessite de tabaco ou álcool, de modo algum. Mesmo para a aplicação de um passe, não é preciso que se tenha a fumaça de um charuto: apenas a imposição das mãos e o coração em preces.

- Acho que entendi... Bobagem minha, então, não é? Nem precisaria me preocupar com isso...

- Verdade. Mais adequado é que preenchamos nossa mente com aprendizados da Doutrina Espírita para seguir adiante a Jornada Terrena.

Psicografia recebida no NEPT em 11 de outubro de 2012

Militão Pacheco

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