Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Convívio





Uma das mais difíceis artes da vida humana é conviver com as pessoas, mesmo que seja algo pronunciadamente recomendável para cada um, já que a formação da sociedade consiste exatamente nisso: o convívio pacífico de todos.

Mas a tolerância que é necessária para que esse convívio aconteça em harmonia tem faltado nas pessoas nos tempos atuais. Não que anteriormente fosse mais fácil de encontrar esta aquisição humana tão necessária, mas tudo indica que a fase atual pela qual a Terra atravessa tem sido marcada pela intolerância recíproca, marcadamente desde o início da infância, alimentada que é pelos educadores da primeira fase da educação do Espírito em sua primeira infância, particularmente pelos exemplos que estes educadores dão em atitudes habituais, normalizando o inormalizável, isto é, a intolerância entre as pessoas em situações banais, inclusive.

Temos assistido, perambulando por entre as gentes, em ambientes variados, como observadores invisíveis aos olhos encarnados, a tal da intolerância campeando terreno nas escolas, nas empresas, nas instituições públicas, em casas onde deveria ser primordial a caridade, nas ruas, nos asilos, nos orfanatos, nas prisões, nas comunidades em geral e nos lares, particularmente.

Dá-nos a impressão de que é normal ser intolerante, afastando do pensamento a necessidade de se ter uma postura mais amena, mais adequada para as instalações de viver bem, como seria desejável para todos.

Pais não conversam com filhos; filhos não conversam com pais; companheiros desprezam o convívio uns com os outros; irmãos apresentam rejeição entre si, enfim, um desatino bastante comum, que infelizmente deve gerar dificuldades progressivas, pautadas de modo bastante acentuado na característica do egoísmo.

Ele é uma das maiores dificuldade para a evolução humana, isso é muito bem detalhado em vários textos do Evangelho Segundo o Espiritismo, mas é sempre útil recordar a importância do esforço para afastá-lo dos hábitos de cada um.

É por conta dele que vemos resultados duros na vida das pessoas, mesmo dos jovens, que após algumas atitudes voltados para si mesmos terminam por colher o amargo fruto da semente egoística que plantaram anteriormente.

Temos tido a oportunidade de presenciar jovens que apresentam sentimentos de culpa por conta de não terem tido a oportunidade de se reconciliarem com o pai, com a mãe ou com um irmão até o desencarne deste que se tornou um desafeto indevido. Após a passagem do ente amado, a culpa domina a mente, transformando a vida num fardo para carregar por tempo indeterminado, até que a consciência possa filtrar os acontecimentos ou até que tenha a oportunidade de resgatar o episódio causador do afastamento.

O foco destes tipos de situação é o egoísmo, infortunadamente. Por isso e por outras inúmeras razões ele precisa ser erradicado da mente de cada um de nós.

Assim a tolerância, que pode ser compreendida como uma expressão do amor certamente deverá criar força por entre as gentes, favorecendo a união das famílias, a união dos povos e a destinação adequada para a humanidade.

Se cada um de nós tiver o cuidado de iniciar um movimento íntimo de observação e compreensão para com as dificuldades alheias, seremos o princípio de mudança do Mundo. Se a iniciativa partir de cada pessoa, teremos perspectivas de mudança mais ágil para o Planeta, no sentido do desenvolvimento espiritual, afastando novas dificuldades para o futuro, pois o presente é o construtor do futuro.

Dê você seu passo, a partir de agora. Comece observando as pessoas que o cercam, que acompanham sua jornada terrena e pense que, quando você venha a se sentir agredido, certamente o agressor tem suas dificuldades e tem algum tipo de desequilíbrio que o leva a agir com instabilidade emocional. Não reaja, não agrida, não critique.

Tenha compaixão para com quem quer que seja e não cultive a indignação em seu coração, para que suas vibrações sejam mais estáveis e menos geradoras de desarmonias para você mesmo. Cultive a paz de espírito, para irradiar para seu organismo as vibrações que mantenham sua saúde.

Lembre-se de que a mente é a governadora do corpo. Quando sua mente está em equilíbrio, seu corpo receberá sinais de que tudo está bem e certamente deve manter um estado de bem estar em sintonia com sua mente.

Se você é muito crítico para com os demais à sua volta, você descarrega substâncias químicas tóxicas em seu próprio organismo, por conta de sua insatisfação, em função de sua indignação.

Não faça isso com você mesmo: cuide de aprender a tolerar para o seu próprio bem estar.
Afinal, estamos vivenciando e convivendo para aprender a Amar.

Militão Pacheco

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