Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

domingo, 14 de agosto de 2011

Identificação




Em O Livro dos Médiuns, Allan Kardec, no capítulo XXIV, ítens 14 e 54, faz uma análise pertinente à identificação dos Espíritos comunicantes, mediante psicografias, a forma de comunicação mais fluente em seu trabalho.

Essas análises são evidentemente respaldadas nas instruções das Entidades Espirituais Superiores que versaram suas disposições livremente ao Mestre de Lyon, para que ele pudesse codificar e categorizar a Doutrina bendita que nos acolhe até os momentos presentes.

Muitas dificuldades seriam evitadas se os médiuns e os estudiosos da Doutrina se ativessem à leitura e compreensão destes textos, divulgados por Kardec.

Diz Kardec que "de fato, os Espíritos não nos trazem uma carteira de identidade e sabe-se com que facilidade alguns deles tomam nomes que jamais lhe pertenceram. Justamente por isso, esta questão de identidade é, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades do Espiritismo prático."

Como se pode notar, não é uma coisa tão simples evidenciar a verdadeira identidade de uma Entidade Espiritual manifesta, particularmente por precisarmos lembrar que a nossa boa fé em acreditar nos Espíritos pode estar sendo mascarada por nossas necessidades pueris de acensão ou de reforço para a vaidade.

É isso mesmo: MUITAS vezes o médium que ouve determinada categoria de mensagens, ou que venha a ler, deixa-se conduzir apenas e tão somente por conta de que QUER ouvir ou ler aquilo com o que tenha contato. É, nestes casos, um mecanismo de simbiose no qual o médium se satisfaz com suas necessidades e faz o possível para angariar mais "votos a seu favor" no decorrer do trabalho, mesmo que este se furte dos necessários cuidados para com a elaboração dos trabalhos em seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo o "plano espiritual" com o qual ele tenha contato, encontra vasta margem para instalação de pensamentos distorcidos, com relação à verdadeira realidade das lides mediúnicas.

Encontro que representa a necessidade do equívoco com ele próprio, nada além disso.

Observa-se a autenticidade de uma manifestação, nos detalhes que ela apresenta, seja ela através da psicofonia ou da psicografia. Detalhes de informação de cunho pessoal ou de informações de cunho doutrinário.

Uma "orientação" correta, de acordo com o pensamento cristão, não se indispõe ou se coloca de modo contrário ao que Kardec ensina.

Uma verdadeira mensagem cristã estimula as criaturas à união, à consagração das almas, à fraternidade, à caridade, ao amor, sempre.

Os Espíritos bem intencionados têm sempre o intuito de promover a paz, jamais qualquer disposição contrária a esta. Eles também, conhecedores das Leis Universais que regem a Vida, não apresentam propostas que possam dar encaminhamentos a "novas formas de trabalho, mais atuais, considerando que Kardec está ultrapassado", ou algo similar.

Aliás, os bons Espíritos são conscientes de que Kardec não está ultrapassado, pois ele representa a palavra de Jesus, que nunca será ultrapassado. Algo facilmente compreensível.

Assim, em rápidas palavras, podemos refletir sobre a autenticidade de qualquer trabalho, de qualquer mensagem que envolvam as questões de direção Espírita. Tudo precisa estar com Kardec, um excelente discípulo de Jesus.

Portanto, diante de um trabalho Espírita, pese, meça, medite e submeta ao mais severo controle da razão todas as comunicações que tenha a oportunidade de vivenciar. Todas, inclusive em livros.

Não se incomode com nomes de autores ou de personagens. Importe-se com o conteúdo e faça paridade deste conteúdo com tudo o que puder da Doutrina Espírita, com tudo o que conheça. Sempre.


Militão Pacheco

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