Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sábado, 6 de agosto de 2011

Suicídio




Nada a ver com a realidade da Vida e tudo a ver com estado de perda parcial ou total da consciência, pois mostra a fragilidade do ser que pode ter em mente como uma solução para todos os problemas mas que, na verdade, reflete apenas insensatez.

Suicídio pode ser um mecanismo de fuga, o resultado de um momento de desespero, a somatória de influências espirituais, a perda completa da consciência, o esquecimento do valor da Vida, algo de consciente que mostra a maneira materialista de pensar do indivíduo, pode ser, enfim, a loucura efetiva que domina o Ser perdido na Vida e sem diretriz que o conduza ao Alto por apenas olhar para o baixo.

Não é solução, de modo algum. Nem mesmo por "honra", que afinal, denota apenas orgulho e mesmo arrogância.

Cada suicida tem sua destinação, em decorrência de sua situação pregressa, não havendo, portanto uma regra única para todos os casos.

Não há castigo infame para o filho perdido nas trevas da morte equivocada, mas há responsabilidade a ser resgatada, em decorrência do gesto tresloucado.

Alguns seguem por décadas o momento da morte, até exaurirem as forças vitais que ainda restam para a Vida que teria.

Outros, por intercessão, são libertos para resgatarem com lucidez e retomarem à Vida com limites impostos por si mesmos.

Outros, ainda, por arrependimento e méritos próprios, conseguem obter oportunidades valiosíssimas de reparação, algumas vezes até mesmo junto daqueles a quem a própria consciência pode apontar terem prejudicado direta ou indiretamente. Mas sempre com limites proporcionais ao erro cometido na morte provocada.

Ninguém, entretanto, pode se libertar sem o ônus do crime. Todos resgatam seus erros. Mas é assim para tudo na Vida. Não há quem escape da própria consciência, em quaisquer situações, por menores que sejam os equívocos.

A prece pelo suicida é o melhor alento não só para ele, mas para os que ficam também.

Jamais praguejar contra ele, pois é preciso recordar que nenhum de nós é incapaz de cometer a mesma inadequação diante da oportunidade bendita de reencarnar.

A covardia, a insensatez, a coragem, o orgulho, a falta de fé, a vergonha, o medo, a loucura são os motivos tidos como justificativa para um ato pavoroso, mas ainda dentro da possibilidade da criatura humana, que não compreende verdadeiramente o verdadeiro significado da Vida.

Oremos sempre pelos suicidas.


José Cintra Filho

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