Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Culpa de quê?




Observa a pessoa humana uma série de eventos em sua vida que fogem à sua possibilidade de controle dos fatos com bastante frequência, particularmente dentro do seio da própria família, na sua vida social, no seu trabalho e do ambiente escolar.

Desde a primeira infância, quando a criança começa a caminhar em seus primeiros passos, ela já encontra diante de si fatos inicialmente isolados e algumas vezes simultâneos, que coordenam suas atitudes, assim como outros independentes de seus pensamentos que se sucedem em encadeamentos improváveis de ter algum tipo de controle.

Filhos que assistem graves situações domésticas são dos exemplos mais comuns, desde o início da formação das estruturas familiares, no exercício da humanidade de aprender a viver em conjunto, de compartilhar compromissos, de efetivar a compreensão de que cada um necessita de outros à sua volta para poder viver e sobreviver.

Essas situações não incomuns, promovem marcas mentais que geram quadros psicológicos que têm potencial de fazer com que o ser adulto que tenha passado por tais momentos de dor, tenha consigo, mesmo que de modo inconsciente, um sentimento de culpa pelo que aconteceu, como se pudesse ter feito algo para evitar o transtorno familiar, ou como se fosse o artífice do problema criado por outrem.

Essa culpa gera uma série de limitações para quem guarde em si tais recordações entorpecidas pelo tempo, algumas vezes impedindo que se encontre em processo de evolução profissional, em desenvolvimento de relacionamentos afetivos e mesmo de manutenção de outra família, aja vista que tal culpa pode gerar o medo imperceptível de que tudo dê errado ou que seja novamente responsável por qualquer fracasso em outra empreitada que a vida venha a lhe oferecer.

Certamente a criança, neste caso é apenas a representação metafórica de um Ser Espiritual que delineia a inteligência que esteja em consonância com suas dificuldades necessárias para sua evolução.

Assim, muitas vezes podemos abstrair que na verdade o problema é do Espírito que traz consigo alguma experiência diferente e que ela seja a causadora do evento que marca a memória espiritual de tal modo a limitar as ações em outra reencarnação, permeando para o Ser as dificuldades, aparentemente injustificáveis, para que possa voar em sua evolução como seria o habitual e o é assim para a maioria das outras pessoas à sua volta, mesmo irmãos ou pessoas próximas.

Então trata-se de um Espírito com um sentimento de culpa não compreensível, já que tem tudo favorável para que a atual vida seja produtiva e plena. Mas as sucessivas frustrações em decorrência de suas próprias limitações, fazem-no sofrer por algo escondido dentro de sua alma condoída de resgatante passado complexo, como é a para a maioria de nós mesmos.

Por isso, quando uma mãe, mais uma vez por exemplo, se sente culpada pelo fracasso de um filho, desdobrando-se para ajudá-lo a superar suas limitações, podemos inferir que há várias facetas para serem analisadas nesta situação.

A mãe é um Espírito que certamente traz consigo o propósito de auxiliar este filho, a necessidade de amá-lo, de ampará-lo e conduzi-lo para o sucesso de suas empreitadas pessoais, além das necessidades que ela própria tem consigo, em função de suas provas e expiações. Mas particularmente com ela mesma, tem gravado em sua memória espiritual as dificuldades vivenciadas com esta criatura que hoje é seu filho. Então, mesmo que as dificuldades deste filho sejam oriundas apenas das escolhas equivocadas que ele faz, ela, imbuída que está de elevá-lo, se sente culpada, como se o fracasso fosse dela.

Ele mesmo, pode ser um Espírito que traga consigo matizes mentais que o impeçam de caminhar livremente, graças a culpas registradas em sua intimidade, de tal modo esquecidas que o fazem tropegar em seus passos em busca do acerto e da elevação.

Processos dos quais todos precisam aprender a se libertar, pois o passado é a construção da vida, é verdade, mas o que mais importa, realmente, é o presente e o futuro. Para isso cada pessoa precisa de consciência de que a Vida é um ato contínuo que progressa indefinida, facultando a cada um a possibilidade de crescer ou estagnar.

Parado e cultivando culpa o Ser Humano não produz.

É preciso reagir, estudar, trabalhar e servir, sempre sob a égide de Jesus!


Albino Teixeira.

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