Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Solitário caminhar pela Vida.




Cada um de nós tem suas peculiaridades e particularidades com as quais transitamos a cada experiência evolutiva.

Cada peculiaridade pode se transformar em característica marcante que anuncie nossa presença em cada ambiente pelo qual possamos comparecer e em cada oportunidade na qual tenhamos a chance de vivenciar a companhia de pessoas amadas ou conhecidas.

Tais particularidades são, portanto, nossa marca, uma característica de nossa personalidade. Ela é o que chamamos de individualidade.

Cada indivíduo tem experiências próprias, dores únicas, suas, indivisíveis, não compartilháveis com mais ninguém, já que o ser individual não pode transferir suas impressões.

Não se pode transferir o Amor; apenas senti-lo e expressá-lo na proporção do que sentimos.

Não se pode transferir o ódio, apenas transformar nossa aparência, nosso comportamento, nossos gestos e palavras, em função da falta de nobreza com a qual ele nos preenche indevidamente.

Alguém poderá lembrar, então, que cada um de nós pode ser considerado uma ilha, já que tudo é tão particular, tão privado, que é cercado por outros na mesma situação.

De certa forma, somos ilhas, já que a experiência é individual. Mas nem por isso precisamos ser ilhas isoladas, incomunicáveis, ao contrário, precisamos ser plenamente comunicáveis, francamente permeáveis aos sentidos alheios.

Já que só podemos sentir o que é nosso, devemos - é um dever mesmo - aprender a compreender o sentimento alheio, evitando o isolamento voluntário e enriquecendo o convívio permanente com todos que possamos e não somente com aqueles que julgamos ter obrigação de conviver.

Somente assim teremos a oportunidade de não sentir dos piores produtos da mente humana: a solidão. Ela é o fruto da auto-piedade, dos mais perversos, que maltrata a pessoa de modo a fazer com que ela sinta que tudo à sua volta não se comunica com ela, como se ninguém a quisesse.

Há quem se julgue portador de um castigo, por não encontrar companhia. Como se não se unir a alguém fosse algo excepcionalmente maravilhoso e absolutamente necessário, traduzindo alegria intraduzível, o que não é de modo algum verdadeiro.

Unir-se a alguém, na Terra, é, ainda, na maioria das vezes resgate de um passado mórbido. Mas não é assim que o solitário entende, o que é uma pena!

Independente de estar o solitário com centenas de pessoas à sua volta, sente-se só no mundo, pois nesta situação, nada o alegra, nada o estimula, nada dá esperança. Uma tristeza só!

Vigie seu pensamento solitário e, embora sendo um indivíduo, lembre-se de que você precisa esticar os braços do Amor para todos os lados, se esforçando para trocar com as outras ilhas as impressões que enriquecem somente aqueles que se aprimoram no auto-amor e no amor ao próximo a cada dia, a cada instante da experiência da Vida.

Não se torture por não ter companhia, ainda. Faça das pessoas que lhe cercam a vida suas companhias.

Os grandes missionários fazem de suas companhias o Mundo todo, a título de exemplo para todos nós, de como deve ser a Vida.

Alva Luzia

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