Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dúvidas





Allan Kardec, o responsável pela codificação da Doutrina Espírita, nos faz um alerta bastante interessante a respeito dos estudos sobre o Espiritismo, a cerca das questões essenciais do aprendizado e referente ao ponto da compreensão sobre os ensinamentos fundamentais de nossa religião.

Ele relata que “é melhor rejeitar dez verdades do que aceitar uma única mentira”.

Obviamente é uma colocação que chama atenção pela objetividade que contém!

Mas o interessante desta história é a gente refletir um pouco sobre ela. Quer ver? Vale à pena questionar o próprio Espiritismo, então? Resposta: claro que vale! É preciso interrogar, levantar dúvidas, pontuar algumas expressões que não sejam claras para nós, até que a gente tenha esclarecida a dúvida.

O problema desse ponto se desdobra de modo bem simples, fazendo o observador pensar naquele que apresenta a dúvida, por conta de método. Isso mesmo, método, pois uma dúvida precisa ter base, precisa ter princípio, precisa ter objetivo, ter lógica, ter razão de ser, ter respeito pela linha filosófica que a originou, enfim, precisa ter SERIEDADE!

Se a dúvida é “jogada”, sem qualquer tipo de preocupação, pelo menos com o RESPEITO pela Doutrina Espírita, ela perde totalmente o valor e fica vazia de pretensões adequadas. Vira deboche, vira provocação, desrespeito, infantilidade, perde o sentido.

E o pior: a pessoa que levanta uma questão sem respeito, invariavelmente, acaba virando alvo de chacotas pelas outras pessoas que estejam presentes diante da dúvida apresentada. Infelizmente, pois isso também é um erro!

Para apresentar uma dúvida é preciso acompanhar um estudo, compreender esse estudo, desafiar a própria mente a superar idéias preconcebidas, deixando de lado o que se imaginava saber antes de estudar a tal matéria e desenvolver questionamentos saudáveis que permitam enriquecer o próprio conhecimento, além de, eventualmente o conhecimento alheio, quando a dúvida for colocada em público.

Portanto, antes de se fazer uma pergunta, é preciso mentalizar se a tal seria capaz de gerar polêmicas desnecessárias, para evitar mal-estares.

Nem sempre se tem maturidade de conhecimento para fazer perguntas mais coerentes, particularmente para quem está iniciando em uma Doutrina qualquer, assim, quando alguém inicia na Doutrina Espírita e vem recheado de conhecimentos de outras religiões ou mesmo sem qualquer conhecimento prévio, acaba quase que invariavelmente, fazendo perguntas que parecem infantis e às vezes são mesmo.

Mas nestes casos, é importante para quem observa o questionamento, avaliar o contexto da pessoa, indagando-se sobre a situação dela e entendendo que não se trata de um desrespeito, mas de uma dúvida de quem se inicia no Espiritismo. É diferente!

Agora, quem já tem alguma experiência, quem já leu sobre a Doutrina, quem já “acha que sabe alguma coisa”, que cuide de seu espaço e não desperdice energia inutilmente fazendo perguntas inúteis que certamente não levarão a nada de interessante, a não ser abrilhantar o próprio ego e massagear a própria vaidade, como se suas perguntas fossem “melhores e mais importantes do que as das outras pessoas, que não sabem nada...”.

Elizabeth

Nenhum comentário: