Mensagem

"Não permita que aquilo que você chama de amor se transforme em obsessão.
Amor é liberdade.
Amor é vida.
Jamais prisão ou limitação."

Militão Pacheco

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eutanásia





Do "Evangelho Segundo o Espiritismo": Um homem está agonizante, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. Será lícito pouparem-se-lhe alguns instantes de angústias, apressando-se-lhe o fim?

"Quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir o homem até à borda do fosso, para daí o retirar, a fim de fazê-lo voltar a si e alimentar idéias diversas das que tinha? Ainda que haja chegado ao último extremo um moribundo, ninguém pode afirmar com segurança que lhe haja soado a hora derradeira. A Ciência não se terá enganado nunca em suas previsões?"

Pois é, tanta polêmica a respeito de certos assuntos e as respostas são tão claras! Não há muito o que discutir, a não ser quem queira dispor de suas opiniões particulares, com suas próprias impressões e idéias ligadas à sua forma pessoal de pensar. Não que isso não lhe pertença de direito, de modo algum! Mas, que é interessante abordar este tema em particular de modo simples, isso é!

A base é simples: não temos o direito de dispor da vida de ninguém, de modo algum. Não é lícito interromper vidas, por nossa vontade, quando se faz referência a seres humanos. Ainda que em outras escalas da vida, entre vegetais e animais, exista uma dispensação relativa quanto ao assunto, entre nós, seres humanos, a colocação é tácita. Não há legitimidade em se tirar a vida de ninguém em circunstância alguma.

Nem mesmo sob a justificativa de se poupar a pessoa de sofrimento. Justamente por não conhecermos os desígnios de Deus para cada um de nós. Somente Ele pode dar qualquer veredicto sobre qualquer criatura que Ele tenha criado. Nós, não. Mesmo que pareça crueldade manter uma pessoa viva, é compromisso nosso fazer o melhor para aliviar o sofrimento em todos os níveis, mas nunca extirpar a vida de quem quer que seja.

Para compreender melhor a responsabilidade, a humanidade vem criando termos de linguagem que possam expressar os pensamentos a respeito do assunto e, dos melhores que podemos encontrar, temos na ortotanásia o ideal para cada um de nós, quando estamos vivenciando as experiências materiais habitando um veículo de carne.

O significado da expressão poderia conduzir ao pensamento sobre a morte digna, que seria o mais interessante aspecto para que se possa ter uma esperança de morte e desencarne dentro de limites que não gerem ansiedade pregressa ao fenômeno em si.

A "morte verdadeira" ou "morte digna", com cuidados paliativos que afastem o máximo possível o sofrimento é a melhor conduta para o moribundo que padece de moléstia que abrace os momentos finais de uma existência terrena.

Isso é humanidade real e não, simplesmente, tirar a vida de alguém.

Militão Pacheco

Nenhum comentário: